quarta-feira, 16 de abril de 2008

Pôr a escrita em dia...

Já lá vão muitos dias desde o meu último post e há muito para falar.

O Sporting teve um percurso meio estranho.
Bons resultados no campeonato, de salientar os dois 4-1, um bom regresso de Yannick, um bom resultado na Escócia e uma final da Carlsberg Cup perdida contra um adversário que foi intransponível esta época.

Vale a pena falar do jogo contra o Rangers em Alvalade.
O Sporting teve uma larga maioria no que diz respeito à posse de bola, o Rangers passou o jogo a "ver passar a banda", nunca conseguiu fazer mais de 3 trocas de bola e raramente passou o meio campo.
Mas ganhou por 2 a 0.
E como?
Fazendo o contrário do Sporting.
Ficou na espectativa e acertou na baliza.
Paulo Bento não tinha muito mais a fazer.
O primeiro golo nasce de uma falha de Gladstone (que nem estava a jogar mal) e o segundo surge quando já estava o Sporting a caminho dos balneários.
Diga-se que o Sporting mandou, pelo menos, uma bola ao poste (Liedson) e cabeceou outras duas bem pertinho dos ferros (Tonel). Mas a bola não queria entrar, a defesa do Rangers estava concentrada - nos dois sentidos da palavra, o físico e o psicológico - e, para ajudar, os jogadores leoninos insistiam em cruzamentos para a área. Parecia que se tinham esquecido que no jogo anterior Yannick tinha marcado por duas vezes na sequência de tabelinhas com Liedson.

Hoje é dia de Sporting-Benfica, a contar para a Taça de Portugal, e eu vou estar em Alvalade, tal como estive contra o Rangers.
Espero ter mais sorte que no jogo anterior, quer em termos de resultado, quer em termos de temperatura do ar.

Ora, a minha Briosa também não se tem portado mal.
Apesar de má derrota tola na Reboleira, conseguiu um empate contra o complicado Setúbal e uma vitória histórica na Luz.
Vamos por partes.
Contra o Estrela da Amadora tudo correu mal. Os jogadores não estiveram nos seus melhores dias mas não se pode apontar o dedo a nenhum deles, nem mesmo a Vítor Vinha.
O defesa esquerdo foi expulso bastante cedo e, logo no início do jogo, eu já ia avisando que ele estava a entrar mal aos lances. Realmente ele entrou muito mal aos pés de Rui Duarte, mas as fitas exageradas do jogador do Estrela ajudaram à expulsão.
A Académica deteve a bola na sua posse durante mais tempo mas não materializou em golos essa superioridade. Mais uma vez, Maurício, tal como na primeira volta, ajudou a derrotar a Briosa.

Vamos ao Benfica.
Cheguei ao estádio por volta das 18h30, dei umas voltinhas com o cachecol negro à volta do pescoço e foi de cachecol posto que entrei para ir fazer o relato.
Aos 3 minutos, Luisão fez uma preciosa assistência que Miguel Pedro não deixou de aproveitar.
Académica 1, Benfica 0. Espantoso! Na bancada de imprensa, três malucos fizeram a festa.
E iam repetindo os festejos quando Luis Aguiar surgiu na cara de Quim, mas o organizador de jogo dos estudantes chutou ao lado do poste.
Aos 32 minutos, um livre marcado do lado direito fez a bola chegar à cabeça de Markus Berger que, "engravatado" e puxado por Nuno Gomes, fez o segundo dos de Coimbra.
Saltava-se e pulava-se em frente aos microfones enquanto o meu colega Ricardo Chambel gritava "goooooooloooooooo! é da brioooosaaaaa!".
Quando recolheram às cabines, a diferença de dois golos mantinha-se e os benfiquistas assobiavam os seus jogadores.
Segunda parte, o Benfica entra a jogar da mesma forma atabalhoada que exibiu nos primeiros 45 minutos.
Aos 20 da segunda metade, Miguel Pedro recebe na esquerda, vai para cima da débil defesa encarnada e tenta passar a um companheiro. Um mau corte leva a redondinha direita aos pés de Luis Aguiar que remata sem hipóteses para Quim.
3-0 e é o delírio dos três homens do microfone que gritam, saltam e riem.
Para recordar a última vez que a Briosa tinha vencido o Benfica no terreno das águias seria preciso recuar 54 anos!
E talvez por não estarem habituados a derrotas com a Académica e a derrotas por números tão expressivos, os adeptos começaram a levantar os respectivos rabinhos benfiquistas e a dirigir-se em grande número para as galerias, abandonando o estádio.

Como diria o Sócrates:

PORREIRO PÁ!

terça-feira, 18 de março de 2008

Académica X Belenenses e Sporting X Nacional

Mais uma jornada que passa, mais um jogo que a Académica quase ganha, mais um jogo que a Académica não perde mas também não ganha.
Até podia ser bom, não fosse estar a cair para o fundo da tabela.
Contra o Belém a Briosa até fez mais um joguinho jeitoso, esteve perto de ganhar, até esteve a jogar contra uma equipa reduzida a 10 jogadores por expulsão de Cândido Costa, mas depois faltou meter a bolinha lá dentro.
Continuo a achar que Joeano dá jeito é dentro de campo e que Nuno Piloto esteve a ser desperdiçado no banco...
Até ao final do campeonato ainda há muito (agora nem tanto) jogo e a minha Académica vai garantir a manutenção. Mas só no fim, como é tradição!

O Sporting é que voltou a entrar em campo meio a dormir.
Recebendo um Nacional com a mania que é equipa para a UEFA, deu-lhe 45minutos de avanço. Ao intervalo saiu Tiuí (que eu acho que tirando um falhanço tremendo à entrada da área até jogou benzinho) e entrou Vukcevic. O montenegrino só de entrar em campo põe o estádio em êxtase e aumenta a confiança da equipa.
E quase parecia mentira quando os leões "espetaram" quatro "batatas" na baliza dos insulares em 11 minutos (três deles no espaço de 4 minutos). É isso mesmo, três golos em pouco mais de uma dezena de minutos. Nem parecia do Sporting 2007/08. Até Djaló - vindo de uma lesão - marcou!
E até deu para falhar uma grande penalidade. Desta feita foi Romagnoli a (não) marcar e a provar que os marcadores de penáltis até podem mudar mas o resultado é o mesmo. A bola teima em não entrar.

No próximo fim-de-semana há final da Taça da Liga e o Sporting vai até ao Algarve defrontar o Setúbal, aquela equipa que ainda não conseguiu vencer esta época. Os sadinos perderam esta jornada e o Sporting aplicou uma goleada. Espero que isto seja um bom sinal.

P.S. É bonito notar que o Sporting tem o pior ataque forasteiro e o melhor ataque caseiro. Ele há coisas fantásticas, não há?

quinta-feira, 13 de março de 2008

Money, Money, Money...

Soube ontem que o passivo da Briosa ascende aos 9 milhões de euros... Não é muito quando comparado com os cerca de 250 milhões do meu outro clube.
Teoricamente, a direcção da Académica diz que vai amortizar 5 milhões no imediato e que, dentro de pouco tempo, estará com "saldo positivo".
Eu duvido.
E acho os mais de 9 milhões um exagero que só demonstra os investimentos errados feitos nos últimos anos.
Ainda para os lados do Mondego, Maló desistiu da corrida eleitoral. Tudo porque, segundo ele, a actual direcção vedou a possibilidade de exercer o direito de voto a quem não tivesse as quotas em dia até ao mês de Janeiro quando poderiam votar com a quota de Março. A ser verdade dá que reflectir sobre algumas questões.
1. Maló teve medo de avançar e aproveitou esta desculpa para desistir. Afinal, quem garante ao ex-candidato que os sócios que ficam ou ficarão ou ficariam de fora não iriam votar em J.E.S.?
2. Que sentido faz contornar os estatutos para deixar sócios de fora? Já li qualquer coisa sobre Campos Coroa e Pompeu estarem na lista de impossibilitados de votar mas parece-me não fazer sentido esta selecção de sócios. A ser intencional indica um grande défice democrático e vai originar uma fraude eleitoral.
3. Com esta "brincadeira" acaba por surgir a possibilidade de avançar como candidato um "camarada" meu. E digo camarada no sentido menos comunista da questão, até porque a pessoa em questão é "laranjinha".
João Francisco Campos, ou JFK para os amigos, tem sido um dos colaboradores do programa Prognósticos que passa na Rádio Universidade de Coimbra às segundas-feiras e é um dos mais atentos sócios da AAC/OAF. Quanto a mim, João Francisco Campos é, a par de Castanheira Neves, um dos rostos da nova geração que pode tomar conta da Briosa. Uma geração com paixão e com cabeça.

Avançando para sul, chegamos a Lisboa numa época de maus resultados na 2ª circular e no início da era pós-Camacho.
A demissão de Camacho trouxe à discussão uma outra questão: Paulo Bento devia seguir o exemplo?
A resposta reside no argumento de José António Camacho.
O espanhol disse acreditar que seria difícil motivar a equipa, conseguir mais dela.
Ora, no Sporting essa seria a razão mais absurda para mexer na equipa técnica!
Paulo Bento é o líder de um dos mais jovens grupos de trabalho de Portugal e, por essa lógica, está à frente de uma equipa com uma enorme margem de progressão!
E há que ver que o Sporting não foi buscar nenhum jogador a troco de 9 milhões de euros (Cardozo) ou metade disso (Makukula), nem tem um líder em campo que esteja à beira de arrumar as chuteiras.
Moutinho podia ser filho de Rui Costa.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Sporting X Benfica e Leixões X Académica - As penalidades

Este foi um fim-de-semana de empatas, quer no jogo da "minha" Briosa, quer no do "meu" Sporting, quer em grande parte dos restantes desafios.

Em ambas as partidas que me interessavam posso dizer que fiquei com uma certa azia com sabor a apito.

A Académica empatou com dois penáltis duvidosos, o Sporting empatou com um penálti flagrante não assinalado e um duvidoso.



Vamos por partes.

No jogo entre Académica e Leixões disputado em Matosinhos foi bom ver Joeano de volta aos golos. Está um pouco mais trapalhão e não parece na sua melhor forma mas continua a lutar que nem um...leão.

Domingos tem posto a equipa a jogar bom futebol e começa a gerar-se um sentimento de revolta nas hostes estudantis. Já irrita a abundância de erros decisivos da arbitragem que levam a empates estranhos em cima do final do jogo. A defesa da Académica continua um pouco macia mas a verdade é que os senhores do apito têm ajudado a alguns desfechos injustos.

As duas grandes penalidades assinaladas a favor do Leixões só foram desenterradas pelo trio de arbitragem e, a segunda então foi tão inexistente que mesmo depois de várias repetições ninguém consegui descortinar o que levou o árbitro a apitar. Minutos depois houve mesmo uma falta de Edgar na área da Académica mas dessa vez parece ter imperado a lei das compensações.

Mais um empate e mais um jogo sem perder para Domingos Paciência.



Em Alvalade, o Sporting entrou bem, marcou cedo e, alguns minutos depois de obter o golo, concedeu o domínio do jogo ao Benfica. No final da primeira parte e num lance típico da defesa do Sporting, num lance de bola parada o SLB empatou. No final do jogo, Anderson Polga afirmou que o lance que deu origem ao canto foi mal assinalado. Eu dou o benefício da dúvida ao árbitro, sinceramente nem reparei se tinha havido motivo para contestar a decisão do árbitro.

A segunda parte foi mais do mesmo. Ora dominava o Sporting, ora dominava o Benfica, mas sem apresentarem um futebol "à campeões".

Aqui e ali houve algumas oportunidades mas normalmente a pontaria não estava afinada, ou os guarda-redes defendiam ou o árbitro resolvia dar um ar da sua graça.

Paraty não teve uma noite feliz em Alvalade, deixando passar algumas faltas violentas de Binya, uma agressão de Katsouranis e uma cotovelada de Cardozo, expulsando com algum exagero Nélson. Do outro lado, uma entrada mais impetuosa de Grimi sobre Rodriguez poderia merecer um vermelho, no entanto, e na minha opinião, não parece ter havido outra intenção que não a de jogar a bola, o que safou o argentino de ser expulso. Isso e Paraty ser fraco árbitro.

No capítulo das grandes penalidades, os benfiquistas reclamaram uma bola que foi bater na mão de Miguel Veloso dentro da área do Sporting, Vukcevic foi "abalroado" por Leo nas barbas de Paulo Paraty já dentro da área dos "encarnados" e, já quase no final, Purovic e os restantes colegas reclamaram mais um penálti. Eu já não estava a ver o jogo mas as opiniões dividiam-se entre o avançado ter "cavado" a falta e ter sido puxado/empurrado...


Foi uma jornada amaldiçoada pelas grandes penalidades, umas marcadas mas não existindo, outras existindo mas não sendo marcadas.

Como dizia Paulo Bento numa, "o que vale é que, para mim e paraty está a acabar".
E mais acabassem a carreira, para o que andam a fazer nos relvados bem podiam trocar o apito por uma cana de pesca!



P.S. Vem aí mais um Sporting - Benfica para a meia-final da Taça de Portugal. Vá lá, pelo menos não calhou o Setúbal!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Sporting X Porto + Leiria X Académica

Depois de uma série de derrotas e empates, eis que o Sporting consegue vencer quatro jogos consecutivos, todos frente a clubes de região/de cidade: Lagoa, Beira-Mar, Porto e Penafiel.
Se frente ao Lagoa, ao Beira-Mar e ao Penafiel se partiria do princípio que o Sporting teria obrigação de ganhar, contra o FCP a conversa era outra.
Os "dragões" visitavam Alvalade com uma vantagem de 14 pontos sobre os "leões" e apenas uma derrota até então.
E a superioridade dos portistas foi bem visível. Logo no início do jogo desperdiçaram diversas oportunidades de golo.
No entanto, o destino foi traiçoeiro. Passados os primeiros dez minutos, o Sporting foi duas vezes à baliza azul e branca e marcou dois golos. Uma veia concretizadora que não se conhecia para os lados do clube da capital.
A partida foi dominada pelos campeões nacionais mas via-se claramente que podiam ficar mais dez horas a rematar à baliza de Rui Patrício e não entraria nem uma bola.
Foi um bom tónico para os "lagartos" e acabou por ser o oposto do que se tinha visto durante as jornadas anteriores, viu-se um Sporting com muita sorte...

Já a "Briosa" deslocou-se a Leiria para visitar o clube mais fraquinho la BWin Liga.
Vinda de uma boa série de resultados, facturando 8 pontos em 4 jogos, pensava-se que contra o Leiria estariam praticamente garantidos mais três pontos...
Mais uma vez, puro engano.
Aos 90 minutos os "estudantes" estavam a encaixar 3 golos e só nos descontos é que o reforço de inverno Edgar marcou o golo de consolação.

Não foi uma boa jornada para jogar no Totobola...